Felicidade Clandestina
sábado, 11 de agosto de 2012
Sobra tanta falta
Ta faltando sorriso nesse olhar. Já acontece ha algum tempo. É difícil perceber, eu sei, teu planeta é um pouco longe mesmo e ai de mim exigir que tu note algo além de tua órbita. Por enquanto deixo estar, quem sabe algum dia resolvas romper o mórbido e redesenhe minha imagem que tens perto de ti. E que imagem, em garoto?! Matenho-me sempre linda, sempre Barbie, boneca de porcelana.
Aqui de longe, do lado de cá, as coisas mudam um pouco; os olhos sempre brilhantes, impermeáveis, como na tua pintura a óleo; mas é um brilho diferente, brilho que não sorri, que molha, brilho de chuva.
Deve ser bom conviver com o imutável, não ter que discutir, ajudar, ou ao menos se preocupar com alguém. Viver exclusivamente a sua vida. Não que esta seja tua vontade, longe disso. Te entendo, garoto, a distância lhe retira as saídas, e a Barbie que gira no teu mundo é a única coisa que tens de mim.
Mas é triste, sabe? Falta muita coisa nessa nossa galaxia onde tem tido meteóros atingindo todos os lados. Falta mais suor, mais grandeza, falta singular quando se trata de plural! Afinal, ainda sim, nós dois somos um só.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Fora do ar
Sabe aquela história de enjoar? se cansar do certo, do seguro. Aquela história de correr atras do pecado, paraíso proibido?!
Maldito sangue que corre em minhas veias e, me veste a cada dia com a imagem do perigo, o gostinho do incerto! É normal isso? Essa coisa de saber que não é este o caminho, mas ser atraído com todas as forças. E cada vez que acontece, me sinto como uma menina; dona-moça que descobre em si os medos de menina-que-não-cresce.
Mas acontece. E até então o mair problema é ter que caminhar passo a passo, paulatinamente, pro um prazo indeterminado, até que tudo se esclareça. Até que eu possa dobrar os olhos sem que relampeje e escorra água por toda maquiagem que não move.
Garota, onde já se viu, ver insegurança no confiável. Ver tristeza no amor. Que coração é este, pequena? Se veste do presente; esqueça o futuro um pouco, apague o passado sempre!
Não é fácil, sabe?! Arrancar do corpo com as unhas, a carcaça que cobre todo o sentimento. Desligar dos olhos o brilho passado, dos planos de um futuro incerto.
Satisfação vem com o tempo? Seria bom ouvir que sim; acalmaria o coração.
Mas por hora, vou olhando os caminhos, dizem que o que tem mais razão, promete sucesso!
Maldito sangue que corre em minhas veias e, me veste a cada dia com a imagem do perigo, o gostinho do incerto! É normal isso? Essa coisa de saber que não é este o caminho, mas ser atraído com todas as forças. E cada vez que acontece, me sinto como uma menina; dona-moça que descobre em si os medos de menina-que-não-cresce.
Mas acontece. E até então o mair problema é ter que caminhar passo a passo, paulatinamente, pro um prazo indeterminado, até que tudo se esclareça. Até que eu possa dobrar os olhos sem que relampeje e escorra água por toda maquiagem que não move.
Garota, onde já se viu, ver insegurança no confiável. Ver tristeza no amor. Que coração é este, pequena? Se veste do presente; esqueça o futuro um pouco, apague o passado sempre!
Não é fácil, sabe?! Arrancar do corpo com as unhas, a carcaça que cobre todo o sentimento. Desligar dos olhos o brilho passado, dos planos de um futuro incerto.
Satisfação vem com o tempo? Seria bom ouvir que sim; acalmaria o coração.
Mas por hora, vou olhando os caminhos, dizem que o que tem mais razão, promete sucesso!
A vida é mesmo assim,
dia e noite, não e sim.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Mentiras sinceras
Como me conforta esse calor, esse colo, esse braço que se molda perfeito aos meus. O sorriso que solta sem querer nos momentos mais inoportunos, as piadas, as bobagens... É que eu já sei de cor essa tua mania de se prender aos meus olhos junto a cada lembrança; de cada dia arrancar à garras uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. É que esse seu jeito me encanta e me perde feito tola. Cega os olhos.
É que eu não me contento em tê-lo fresco na memória apenas no momento que levanto. Em ouvir tua voz por horas e horas, re-construindo teu dia, passo-a-passo, até que comece a fraquejar, a amolecer, tentando disfarçar com pouco profissionalismo o sono que chega tão rápido. E (re)começa.
Uma rotina fantasiosa de ilusões, quase sempre cinza, um sendo-sem-ser pra disfarçar o óbvio.
Desanimei, confesso! Poupei-me de ver da janela essa tonalidade morta que vem cobrindo o céu e trazendo maus lençóis. É o tempo, meu caro. É ele que não permite enxergar se quer um palmo à minha frente, e prever, como sempre, mudanças e desmudanças de planos... Mas deixe que ele passe, deixe que ele mude, que ele carregue este ar de enfado que tanto me atormenta. Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E nem que eu lute contra mim todos os dias, as coisas vão mudar.
É que eu não me contento em tê-lo fresco na memória apenas no momento que levanto. Em ouvir tua voz por horas e horas, re-construindo teu dia, passo-a-passo, até que comece a fraquejar, a amolecer, tentando disfarçar com pouco profissionalismo o sono que chega tão rápido. E (re)começa.
Uma rotina fantasiosa de ilusões, quase sempre cinza, um sendo-sem-ser pra disfarçar o óbvio.
Desanimei, confesso! Poupei-me de ver da janela essa tonalidade morta que vem cobrindo o céu e trazendo maus lençóis. É o tempo, meu caro. É ele que não permite enxergar se quer um palmo à minha frente, e prever, como sempre, mudanças e desmudanças de planos... Mas deixe que ele passe, deixe que ele mude, que ele carregue este ar de enfado que tanto me atormenta. Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E nem que eu lute contra mim todos os dias, as coisas vão mudar.
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