sábado, 11 de agosto de 2012

Sobra tanta falta


Ta faltando sorriso nesse olhar. Já acontece ha algum  tempo. É difícil perceber, eu sei, teu planeta é um pouco longe mesmo e ai de mim exigir que tu note algo além de tua órbita. Por enquanto deixo estar, quem sabe algum dia resolvas romper o mórbido e redesenhe minha imagem que tens perto de ti. E que imagem, em garoto?! Matenho-me sempre linda, sempre Barbie, boneca de porcelana.

Aqui de longe, do lado de cá, as coisas mudam um pouco; os olhos sempre brilhantes, impermeáveis, como na tua pintura a óleo; mas é um brilho diferente, brilho que não sorri, que molha, brilho de chuva.

Deve ser bom conviver com o imutável, não ter que discutir, ajudar, ou ao menos se preocupar com alguém. Viver exclusivamente a sua vida. Não que esta seja tua vontade, longe disso. Te entendo, garoto, a distância lhe retira as saídas, e a Barbie que gira no teu mundo é a única coisa que tens de mim.
Mas é triste, sabe? Falta muita coisa nessa nossa galaxia onde tem tido meteóros atingindo todos os lados. Falta mais suor, mais grandeza, falta singular quando se trata de plural! Afinal, ainda sim, nós dois somos um só.

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